Jornalista Romano dos Anjos. Foto: Divulgação

No dia 26 de outubro de 2020, o jornalista Romano dos Anjos, que apresentava o programa policial “Mete Bronca”, na TV Imperial, afiliada da Record em Roraima, foi sequestrado e torturado. Nesta segunda-feira (25), o Ministério Público de Roraima (MP-RR) pediu à Justiça que o processo que investiga o crime seja aberto ao público.

A solicitação, realizada por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), relatou que as provas sobre o crime são robustas e, por isso, a “sociedade roraimense deve acompanhar o prosseguimento do caso”.

O órgão ressaltou que o Gaeco retornou para o processo e pediu ao Judiciário a continuação da denúncia sobre os fatos apurados. Também reforçou que as investigações ocorreram de maneira imparcial, com o levantamento de “elementos probatórios convincentes que sustentam as medidas judiciais”.

Relembre o caso

O jornalista Romano dos Anjos estava em sua casa quando criminosos invadiram e o levaram no seu próprio carro. Os suspeitos o agrediram e amarraram seus pés e mãos. Ele foi encontrado ferido, com um braço quebrado e lesões nas pernas, no dia 27 de outubro de 2020, em uma área rural do estado.

As apurações da Operação Pulitzer apontam para um provável crime “motivado por vingança ou represália ao modo de atuação jornalística, tendo em vista que a vítima realizou diversos ataques e críticas ao trabalho do então presidente da Assembleia Legislativa, Jalser Renier”, disse o delegado João Evangelista.

Além de Renier, foram presos dois coronéis da PM: Natanael Felipe de Oliveira Júnior e Moisés Granjeiro de Carvalho, e o sargento da PM Bruno Inforzato Oliveira Gomes.

Em setembro de 2021, a operação prendeu outros seis policiais militares, entre eles um coronel aposentado e um major, além de um ex-servidor da Assembleia Legislativa do Estado. A maioria dos militares investigados trabalhavam para o deputado Jalser Renier.

Na época, a defesa do parlamentar informou por meio de comunicado nas redes sociais que “considera essa uma decisão política que tem como pano de fundo a tentativa de manipulação da opinião pública em plena véspera do julgamento do Supremo Tribunal Federal sobre a legalidade da mesa diretora da Assembleia Legislativa de Roraima. Jalser Renier reitera que segue acreditando na Justiça do seu estado e, sobretudo, na do seu país”.

 

 

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