A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) entregou uma petição ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (5) pedindo proteção ao povo Yanomani, que está concentrada em Roraima e vem sofrendo ataques de garimpeiros.

Além disso, o grupo também pediu uma resposta do governo Bolsonaro sobre a proteção para essa população.

“Vocês são violentos, seus filhos são violentos. Bolsonaro, busque seus filhos garimpeiros e os leve de volta!”, disse o povo ianomâmi no texto para o Supremo.

O principal motivo para o pedido é porque a terra é preservada para os indígenas por decisão anterior do STF e da Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

A Apib acusa o governo de conivência com “os crimes cometidos pelo garimpo em territórios indígenas, o que provocou uma nova onda de migração de garimpeiros para os locais de extração de minerais”.

Além disso, a articulação também afirmou que as sinalizações do presidente a favor do PL 191 estimula a violência contra os povos indígenas. O projeto de lei propõe regularizar as condições para lavrar em terras reservadas.

Situação do Povo Yanomami

A violência contra o povo Yanomami aumentou nas últimas semanas. Segundo o Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kwana (Condisi-YY), uma garota de 12 anos morreu após ser estuprada por garimpeiros.

Em vídeo que circula nas redes sociais, o líder do povo indígena aponta que, além da morte da adolescente, uma criança desapareceu ao cair no rio Uraricoera. Também foi dito que o corpo da jovem será levado para uma autópsia no Instituto Médico Legal (IML) em Boa Vista, capital do estado de Roraima.

Diante dessa situação, a Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal aprovou na última terça-feira (3) a realização de uma diligência na Terra Indígena Yanomami. A ação visa investigar a situação das aldeias, que ficam em Roraima, e garantir a proteção dos povos locais.

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