Foto: Isac Nóbrega/PR

A ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos Damares Alves comentou o caso do estupro da menina yanomami de 12 anos, morta por garimpeiros na região do Waikás, em Roraima. Em entrevista ao site Universa, do UOL,  a ministra disse: “Lamento. Acontece todo dia”.

A pré-candidata ao Senado, que ainda não tinha se posicionado oficialmente sobre o tema, afirmou ainda que há muito tempo denuncia os casos de violência contra crianças e mulheres indígenas.

“Quando acontece casos como esse, as pessoas querem muito que a Damares se manifeste. Mas veja só: fui eu que falei sobre o estupro de crianças, inclusive estupro coletivo de crianças em áreas indígenas até mesmo em forma de ritual. Fui eu que levantei, no Brasil, lá atrás, em forma de debate, sobre a cultura nociva em alguns povos no Brasil”, declarou.

A ex-ministra acrescentou que a repercussão é positiva, uma vez que mobiliza a opinião pública em torno do tema.

“Esse caso traz a questão do garimpo, mas quero lembrar que os garimpos estão em terras indígenas há mais de 70 anos, de forma irregular, e são muitas as violências”, disse. “Esse caso dessa menina causou essa repercussão toda, e isso é muito bom porque a gente ainda vai conversar sobre violência sexual contra crianças indígenas. A gente não pode ser pautada por um só caso. Lamento, mas acontece todo dia”.

Quando questionada sobre as ações para enfrentar o problema quando foi titular da pasta, a ex-ministra citou o Plano Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Criança, e disse que o documento trará um recorte sobre enfrentamento à violência contra crianças indígenas. A política, no entanto, só será lançada no dia 18 de maio.

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