Dois ingleses foram condenados em tribunal de Londres por golpe com investimento ambiental na Amazônia. Diretores da empresa Global Forestry Investments, Andrew Skeene e Omari Bowers foram condenados pelo Tribunal de Southwark, em Londres, por terem enganado cerca de 2 mil investidores em movimentações financeiras de aproximadamente 37 milhões de libras (cerca de R$ 222 milhões), informou o MPF (Ministério Público Federal). O MPF atuou no caso pelo Escritório de Fraudes Graves do Reino Unido (SFO).

Segundo o MPF, as investigações revelaram que a empresa foi apresentada como um esquema de investimento seguro, bem administrado e ético que ajudaria a proteger a Floresta Amazônica no cultivo e colheita de plantações de árvores, além de apoiar as comunidades locais.

O MPF informa que a dupla de diretores estava se enriquecendo com as poupanças e pensões dos investidores. Os dois foram condenados pela prática dos delitos de conspiração com o intuito de cometer fraude e falsificação de documentos.

Foram colhidos depoimentos no Brasil, acompanhadas por agentes britânicos, que vieram duas vezes ao país para o cumprimento das medidas.

A execução das diligências ficou a cargo dos procuradores Ubiratan Cazetta e Ricardo Augusto Negrini que atuam na unidade do MPF no Pará, sob coordenação da Secretaria de Cooperação Internacional da Procuradoria-Geral da República.

“A investigação internacional expôs uma intrincada rede de transferências de dinheiro, documentos falsificados e identidades inventadas usadas para enganar pensionistas e poupadores sob o falso pretexto de proteção ambiental”, disse a diretora do Serious Fraud Office, Lisa Osofsky.

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