Foto: Myke Sena/MS

A Pfizer divulgou, nesse sábado (25), dados promissores da versão adaptada da vacina contra a Covid-19 específica para a variante Ômicron do coronavírus.

A farmacêutica desenvolve duas candidatas à vacina, uma monovalente e outra bivalente. Enquanto uma é uma combinação da vacina da Pfizer, a outra é direcionada à proteína Spike da linhagem BA.1 da Ômicron.

O comunicado apresenta informações de segurança, tolerabilidade e capacidade de indução da resposta imunológica (imunogenicidade).

De acordo com a Pfizer, os dados do estudo de fases 2 e 3 apontaram que uma dose de reforço de ambas as vacinas candidatas adaptadas provocou uma resposta imune substancialmente maior contra a BA.1 da Ômicron BA.1 em comparação com a vacina atual. A resposta imune robusta foi observada em dois níveis de dosagem com 30 e 60 microgramas.

“Como dissemos desde os primeiros dias da pandemia, seguiremos a ciência e adaptaremos nossas próprias abordagens conforme necessário para ajudar a lidar com a Covid-19 à medida que o vírus evolui”, disse Albert Bourla, presidente e CEO da Pfizer, em comunicado.

Segundo a Pfizer, os dados identificados nos estudos serão discutidos com a comunidade científica e autoridades de saúde para a introdução de um reforço adaptado à Ômicron assim que houver autorização dos órgãos reguladores.

“Os dados mostram a capacidade de nossas candidatas a vacinas monovalentes e bivalentes adaptadas à Ômicron de melhorar significativamente as respostas de neutralização de anticorpos variantes específicos”, disse o pesquisador Ugur Sahin, CEO e cofundador da BioNTech.

A Ômicron tem sublinhagens recém-evoluídas que superaram a BA.1 e exibem uma tendência de aumento do potencial de escape imunológico.

Estudos

As vacinas candidatas adaptadas à Ômicron avaliadas no estudo de Fases 2 e 3 em 1.234 participantes com 56 anos de idade ou mais provocaram respostas de anticorpos neutralizantes substancialmente mais altas contra a BA.1 da Ômicron quando comparadas à vacina atual.

A demonstração de superioridade em relação à Ômicron e a segurança são requisitos regulatórios para a potencial autorização de uso emergencial de uma vacina adaptada à variante. O critério pré-especificado para superioridade foi medido pela razão de títulos de média geométrica neutralizante.

Um mês após a administração, uma dose de reforço das candidatas monovalentes adaptadas à Ômicron (de 30 µg e de 60 µg) aumentou os anticorpos neutralizantes contra a BA.1 em 13,5 e 19,6 vezes acima dos níveis de dose pré-reforço. Enquanto um reforço das candidatas bivalentes adaptados conferiu um aumento de 9,1 e 10,9 vezes dos anticorpos.

De acordo com a Pfizer, ambas as vacinas candidatas adaptadas à Ômicron foram bem toleradas nos participantes do estudo.

Em um ensaio de neutralização de vírus vivo SARS-CoV-2 testado em soros de participantes com mais de 56 anos de idade, os soros neutralizaram eficientemente as subvariantes BA.4 e BA.5 com títulos aproximadamente 3 vezes menores que BA.1. Dados adicionais sobre o efeito nessas subvariantes serão coletados nas próximas semanas.

A Pfizer informou que os resultados estão sendo compartilhados com a Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, e a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) antes das próximas discussões com o Comitê Consultivo de Vacinas e Produtos Biológicos Relacionados da FDA (VRBPAC) em 28 de junho e com a Coalizão Internacional de Medicamentos Autoridades Reguladoras (ICMRA) em 30 de junho.

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