Foto: Estadão

O senador Chico Rodrigues (União), em pronunciamento nesta quarta-feira (29),  defendeu a retomada das relações diplomáticas do Brasil com a Venezuela, depois de relatar viagem feita ao país vizinho pelos integrantes do Grupo Parlamentar Brasil-Venezuela.

Segundo ele, o Brasil deve seguir o exemplo do governo dos Estados Unidos, que, mesmo com as tensões e o embargo comercial imposto à Venezuela, não abriu mão de manter funcionando sua embaixada em Caracas.

“A relação Brasil-Venezuela é uma relação ganha-ganha. Na verdade, ganhamos muito mais na nossa relação comercial, sempre superavitária com o país vizinho do Norte. Empregos, lucros, renda para os brasileiros. Oportunidades imensas para a nossa agricultura”, disse.

Segundo Chico Rodrigues, os integrantes da missão diplomática parlamentar mantiveram contatos com representantes do Legislativo e do Executivo venezuelanos, por meio dos quais foram repassadas informações sobre potenciais que podem ser explorados por ambos os países.

De acordo com ele, o presidente Nicolás Maduro prometeu colaborar com o Brasil na minimização dos efeitos negativos da guerra entre a Ucrânia e a Rússia, por meio da venda de fertilizantes, como fosfato e ureia, e de petróleo a um preço inferior ao negociado no mercado internacional.

Particularmente, o estado de Roraima, que não é interligado ao sistema elétrico nacional, pode se beneficiar com a autorização para a retomada do fornecimento de energia da Usina de Guri.

“O que representará uma economia imediata a todos os brasileiros, em função da conta CCC, de mais de R$1,5 bilhão, (referente) ao montante pago a mais nas contas de energia elétrica para compensar, em Roraima, por ter que consumir diesel para o fornecimento de energia e atender a demanda do nosso estado”, disse.

Chico Rodrigues citou a retomada dos voos diretos entre Brasil e Venezuela, apenas uma semana depois do encontro, o levantamento da proibição do fornecimento de pescado ao Brasil e a possibilidade de aprovação de um marco legal que dará mais segurança jurídica para investimentos brasileiros no país vizinho, especialmente no setor agrícola.

 

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