Na manhã desta quinta-feira (29), 39 imigrantes venezuelanos foram levados de Roraima a Brasília em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) que decolou do aeroporto internacional de Boa Vista.
A interiorização faz parte da primeira etapa do programa Pana, que funciona por intermédio da parceria entre a Cáritas, Acnur, OMI e Força-Tarefa Logística Humanitária para o estado de Roraima
Conforme a articuladora da Cáritas, em Roraima, Neilza Santos, uma equipe em Brasília irá receber os venezuelanos e encaminhar para casas de acolhimento. Outros dois deslocamentos estão previstos para a sexta-feira (30) e sábado (1º).
Em Boa Vista deste o mês de maio, o assistente administrativo Elvis Daniel, de 24 anos, é um dos beneficiados com a ação. Ao lado do companheiro, Yonaiker Ferrer, de 19 anos, ele declarou está contente e agradecido por esta ação. “Tenho esperança de voltar a trabalhar na minha área e poder ajudar a minha família”, declarou.
Os beneficiados terão uma estrutura de acolhimento que passa pela concessão de aluguéis sociais, itens de necessidades básicas, como alimentos, roupas, kits de higiene pessoal e limpeza, bem como apoio jurídico e psicossocial. O Governo Federal, por meio do Exército Brasileiro vai oferecer, às famílias migrantes, alimentação por três meses.
A articuladora explicou que o estado é a linha de base para enviar imigrantes venezuelanos para outras unidades do país. Neilza informou que, até o dia 19 de dezembro, 612 imigrantes serão acolhidos em seis capitais brasileiras: Porto Velho (RO), Recife (PE), Brasília (DF), São Paulo (SP,) Curitiba (PR) e Florianópolis (SC).
Antes do deslocamento, em que os migrantes se inscreveram de forma voluntária para viajar, eles receberam as vacinas contra sarampo, caxumba, rubéola, febre amarela, difteria, tétano e coqueluche. Passaram por regularização migratória junto à Polícia Federal, seja por meio de solicitação de refúgio ou de residência temporária e receberam documentação como: Carteira de Registro Nacional Migratório (CRNM), Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e a Carteira de Trabalho.
Os imigrantes concentrados em Roraima fogem da crise econômica e política da Venezuela.
