Candidatos protestam em frente à sede do Governo do Estado. Foto: Abel Mangabeira

Após a divulgação pelo Governo do Estado de que os concursos públicos da Setrabes (Secretaria Estadual do Trabalho e Bem-Estar Social), da Sejuc (Secretaria de Justiça e Cidadania) e das polícias Civil e Militar estão cancelados, no início da tarde deste sábado (2) foi realizada uma manifestação em frente ao Palácio Senador Hélio Campos.

Além dos terceirizados que há dias estão acampados em frente à sede do Governo, protestando contra o a falta de pagamento dos salários que estão atrasados há sete meses, hoje a praça foi invadida por muitos candidatos aos concursos das polícias Civil e Militar.

O professor Abel Mangabeira participou do protesto, até porque leciona em cursinhos preparatórios para muitos dos manifestantes do evento de hoje.

“Esse cancelamento dos concursos é um absurdo. É um total descaso desse Governo com essas pessoas que se preparam há muito tempo para esses certames”, afirmou Mangabeira.

“Eu dou aulas há 14 anos em cursinhos preparatórios e não me lembro de ter visto um tipo de atitude como essa, de um gestor público cancelar se quer um concurso e o nosso governador cancela logo quatro certames de uma vez só”, ressaltou.

Para Mangabeira, o Governo ignorou o fato de muitos candidatos terem e ainda estarem se preparando para as provas. “Estudar para concurso tem um custo alto, e não me refiro só a taxa da inscrição não. Aqui nessa manifestação tem muitos que trabalham de manhã e a tarde e à noite estão em sala de aula de cursinhos, se preparando”, disse.

“Muitos passam boa parte da madrugada estudando, comparam livros, assinaram sites. Então só posso dizer que é um descompromisso e um absurdo com essas pessoas que buscam uma aprovação em um concurso público”, comentou o professor.

Segundo Mangabeira, há vários candidatos que compraram passagens para participar do concurso da Polícia Militar. “Quem veio para a primeira etapa de provas do concurso da PM voltou para suas casas e iriam retornar para a próxima fase. Agora vão perder o dinheiro da passagem aérea que não custa barato. Quem vai arcar com esse prejuízo”, questionou.

“Candidatos ao concurso da Polícia Civil estão na mesma situação. Compram passagens aéreas para as provas que seriam realizadas nos dias 16 e 17 deste mês. Perderam grana e esse prejuízo vai sobrar para quem? Para o Governo é que não é”, disse, comentando que uma turma de Manaus viria em caravana para participar das provas.

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