Servidores da Empresa de Desenvolvimento Urbano e Habitacional do Município de Boa Vista (EMHUR) procuraram o Roraima 1 nesta terça-feira (16) para denunciar a presidente da instituição, Angélica Leite. Segundo relatos, a gestora tem praticado perseguição, promoveu um leilão irregular e ameaçou extinguir cargos.
De acordo um dos servidores, que pediu para não ter o nome divulgado, tudo começou ainda em 2018, quando a atual presidente assumiu o cargo deixado por Sérgio Pillon, que saiu da empresa para concorrer a um cargo político. Na época as promessas políticas eram de investimentos na instituição, caso o ex-senador Romero Jucá se reelegesse.
Perdida as eleições passada, o ex-presidente não retornou e Angélica Leite, que é irmã de um cunhado da prefeita de Boa Vista Teresa Surita (MDB), mudou o discurso. “Ela reuniu os funcionários e disse que haveria cortes de gastos na EMHUR. Iniciando pelas motocicletas usadas pelos agentes de fiscalização, que seriam leiloadas”, relembrou o servidor.
O funcionário contou à reportagem que em dois meses a EMHUR lançou o edital do leilão público e vendeu as motocicletas, muitas com menos de 14 mil km rodados, justificando “bens móveis inservíveis”. Os editais foram consultados pela reportagem.
No entanto, os servidores da empresa alegam que os veículos eram de uso diário dos agentes de fiscalização. Diante a isso, reunidos, denunciaram a suspeita de irregularidade do caso aos ministérios públicos do Estado e do Trabalho.
Após a denúncia, a presidente Angélica Leite foi notificada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), compareceu a uma audiência e reuniu os servidores da EMHUR para anunciar que os trabalhos dos agentes de fiscalização seriam suspensos aos finais de semana.
A medida, segundo ela, foi determinação do MPT. Porém, o caso é questionado pelos servidores que sabem da necessidade do trabalho aos sábados e domingos. Os servidores explicam que o trabalho envolve a fiscalização dos transportes e apoio à população, e garantem que a decisão foi imposta pela presidente, diante a uma outra categoria de fiscalizadores da EMHUR seguirem atuando aos finais de semana.
Os servidores denunciam ainda ameaça de extinção de cargo. “Em uma reunião com os agentes de fiscalização, por diversas vezes, a presidente [Angélica Leite] ameaçou extinguir o cargo de agente de fiscalização de transporte, pois alega que a empresa não precisava dos nossos trabalhos”, contou o servidor que tem a reunião gravada em áudio. Vale ressaltar que os servidores da empresa são concursados, mas trabalho sob o regime de Lei Trabalhista.
A reportagem do Roraima 1 consultou o Inquérito Civil, que teria motivado a medida de suspende o trabalho dos agentes aos finais de semana, mas não consta o texto da decisão no site do MPT. A reportagem solicitou informações com a assessoria da instituição e aguarda reportagem. A Prefeitura de Boa Vista também foi contactada, mas não se pronunciou.
Bom dia, gostaria de saber por qual motivo a EMUR não toma alguma iniciativa a respeito de um lanche construído a menos de dois metros da calçada, na Av. Estrela Dalva, ao lado do número 1.471 no bairro Raiar do Sol.