Com relação apenas às confirmações para a doença, 42 casos foram notificados em Boa Vista, 3 em Bonfim, 3 no Cantá e 1 em Alto Alegre Foto: Divulgação/Ascom/Sesau

Pacientes com diabetes denunciaram ao Roraima 1 a falta de insulina na Coordenadoria Geral de Assistência Farmacêutica (CGAF), conhecida como “farmácia do governo”. De acordo com a denúncia, há pelo menos três meses o medicamento Lantus não é fornecido.

O remédio é indicado para o tratamento de diabetes mellitus tipo 2 em adultos e no tratamento de diabetes mellitus tipo 1 em adultos e crianças com mais de 6 anos de idade que necessitam de insulina basal, ou de longa duração, para controle da hiperglicemia.

Ao Roraima 1, uma mulher, que preferiu não se identificar, disse que tem diabetes mellitus do tipo 1 desde criança e reclamou do descaso do governo.

“Todos os portadores de diabetes estão sem a insulina Lantus, que é mais ‘especial’, é para quem tem alergia à NPH [outro tipo de insulina de ação prolongada]. Simplesmente, o nosso querido Denarium [governador do Estado] suspendeu dizendo que não é um medicamento de ponta, que não é de necessidade. Como um diabético vive sem a insulina?”, questiona.

A denunciante destacou que está sem o medicamento desde novembro do ano passado. De acordo com ela, o uso do remédio é diário e para a vida inteira.

“Não vivemos sem o medicamento. Temos que comprá-lo. Uma dose custa R$ 120 na farmácia e dura de três a quatro dias. Cada pessoa usa, pelo menos, de 10 a 15 frascos por mês, e agora a gente está tendo que se virar. Eu mesma já cheguei a ser internada e passei a tomar uma insulina oral, mesmo assim a diabetes não baixa”, relata.

A mulher ressaltou ainda que a insulina Lantus nunca faltou em gestões passadas. “Cabe ao governo dar. Resolveram suspender o fornecimento. A gente liga para a farmácia do governo e nos dizem que não tem previsão para voltarmos a receber a insulina”, concluiu.

Reabastecimento em 50 dias

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) informou que a compra do medicamento está sendo providenciada pela Coordenadoria Geral de Assistência Farmacêutica (CGAF). A aquisição está contemplada em dois processos licitatórios que já foram concluídos e a previsão de reabastecimento é de 50 dias.

A Sesau informou ainda que as entregas de medicamentos para a CGAF seguem os critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde, não só para fins de controle interno como também para facilitar a prestação de contas dos estados.

A pasta destaca que para ter direito aos medicamentos fornecidos pelo governo de Roraima, o paciente precisa estar devidamente cadastrado na CGAF. Além de documentos pessoais como RG, CPF e cartão do SUS, é exigida a apresentação de laudo médico, pelo menos três receitas médicas, laudo de autorização e termos de uso de medicamentos.

O paciente também deve atualizar as informações cadastrais a cada três meses, sendo exigida sempre a apresentação de novos laudos e receitas médicas, uma vez que pode haver mudanças no tratamento dele.

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