Trabalhadores terceirizados municipais em situação de risco, enquanto Teresa faz mídia (Fotos: Reprodução)

Está  comprovado  que o isolamento social é imprescindível para conter o avanço da pandemia do coronavírus.  Significa que foi acertada a decisão da prefeita Teresa Surita (MDB) de baixar portarias que restringem a permanência de pessoas em locais públicos e que fecham estabelecimentos comerciais.  Óbvio que ela segue uma orientação federal, mas também há muito de marketing nisso.

Teresa é exímia exploradora de mídia e sabe tirar proveito de tudo. Prova disso é que ela se coloca como a política que tomou decisões certas e imediatas, enquanto o governador Denarium estaria patinando na lerdeza administrativa.  Mas não é bem assim.

Basta observar que Teresa se coloca como administradora pública ágil ao tomar decisões para previnir a doença, porém não foi a público mostrar como está a estrutura da saúde municipal, em especial o Hospital da Criança, que sabidamente enfrenta superlotação há anos.  Os postos de saúde também há tempos não conseguem proporcionar um atendimento de qualidade.

A prefeita também alardeia uma imagem de que está preocupada com a população, mas não suspendeu o expediente em suas secretarias, deixando os servidores à mercê da doença ao se exporem na rua e nos locais de trabalho. Em pior situação estão os trabalhadores terceirizados que atuam na limpeza e jardinagem, os quais ficam sem proteção e aglomerados diariamente na sede da empresa.

Esses terceirizados, em sua maioria, ficam em seus horários de descanso deitados nas calçadas, debaixo de árvores, porque não têm condições de ir para casa no horário de almoço. Ou seja, ficam  vulneráveis a qualquer tipo de doença contagiosa. Sem falar do tratamento que recebem da empresa que fatura milhões da Prefeitura e que conseguiu se livrar da CPI do Lixo, graças ao poder que Teresa exerce sobre seus vereadores comandados.

Toda essa situação só mostra que Teresa não gosta de servidores públicos e trabalhadores terceirizados.  Ela sempre tratou a pão, água e chibata o funcionalismo público e só veio realizar concurso público no fim de seus 20 anos à frente da Prefeitura, tentando passar a imagem de boazinha.

Mas o coronavírus veio para revelar a verdadeira face de uma administração que esnobou e maltratou os servidores ao longo de duas décadas.  E o mínimo que Teresa poderia fazer agora  é cuidar desses pais e mães de família nesse momento de pandemia.  E não ficar apenas fazendo mídia e média com uma decisão que qualquer prefeito brasileiro deveria tomar para conter a pandemia.

*Colunista

 

 

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