Foto foi publicada nas redes sociais nessa segunda (1º) - Foto: Reprodução/Redes Sociais

O deputado estadual Jeferson Alves (PTB), publicou uma foto em página pessoal nas redes sociais nessa segunda-feira (1º) segurando um fuzil ao lado de um policial. Na publicação, o parlamentar afirmou que “a toga é mais forte que o fuzil”, em tom de ameaça a magistrados.

A frase na publicação foi dita pelo ex-deputado federal Roberto Jefferson, do mesmo partido de Alves. Jefferson se alinhou ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nos últimos dias. Em entrevista à Rádio Gaúcha no dia 13 de maio, o ex-parlamentar atribuiu o sentido da frase a uma reação contra o Supremo Tribunal Federal (STF).

“Estou respondendo ao ministro Celso de Melo que disse a generais quatro estrelas do país que a toga é mais forte que o fuzil que eles empunharam a carreira toda. É preciso uma reação agora. Com Bolsonaro à frente. Uma reação de força”, disse Jefferson à época

Alves, que é apoiador do presidente ainda publicou a hashtag #FechadoComBolsonaro, e o alinhamento ao presidente foi um dos motivadores para um vídeo que viralizou nas redes sociais em fevereiro deste ano.

Com uma motosserra e de um alicate corta-vergalhão, o parlamentar foi ao limite da Terra Indígena Waimiri-Atroari, entre os estados do Amazonas e Roraima, no dia 28 de fevereiro, e cortou as correntes que controlam o tráfego de carros na BR-174, que atravessa o território. Indígenas que faziam a vigilância no local foram trancados em uma guarita, enquanto o deputado gravava toda a ação. À época da ação, Alves disse que o corte das correntes era em favor de Bolsonaro.

‌No mês passado, a Justiça Federal no Amazonas, concedeu o direito de resposta ao povo indígena Waimiri-Atroari por conta de discursos discriminatórios proferidos em perfis do governo brasileiro por autoridades públicas. Os discursos, segundo representantes do povo indígena, teriam motivado Alves a cortar as correntes no Jundiá.
RESPOSTA

Em nota, o parlamentar afirmou que a toga, citada na publicação, representa as decisões dos ministros, muitas vezes arbitrárias, e que ela não pode ser maior que a vontade da população.

O parlamentar pontuou ainda que os ministros “se acham acima do bem e do mal, como se a população não tivesse o direito de criticá-los”, finaliza.

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