(Foto: Divulgação)

Roraima assumiu a liderança de pior quadro no combate ao coronavírus entre as 27 unidades da federação na semana finalizada no dia 30 de junho, conforme o Ranking Covid-19 dos Estados, elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP) e obtido pelo jornal O Estado de S.Paulo.

No ranking, criado para avaliar comparativamente como as ações dos Estados têm se refletido nos números sobre a doença, quanto maior a nota normalizada e, portanto, a classificação, pior é a avaliação no combate à covid-19. Segundo o CLP, por meio da identificação dos desafios, o monitoramento visa a mitigar os efeitos da pandemia na vida da população.

“Roraima acompanhou a ‘viagem’ da covid-19, com o epicentro passando do Amazonas para o Pará, e agora subindo”, diz o Head de Competitividade do CLP, José Henrique Nascimento, destacando o movimento de propagação do vírus entre Estados vizinhos, que têm maior fluxo de moradores.

“Roraima chegou em um estado complexo, para não falar calamitoso. Teve um aumento significativo nos números de covid-19 e de SRAG ao longo das últimas duas semanas e também tem a pior evolução relacionada ao coronavírus. A covid-19 está avançando de forma tenebrosa no Estado, que tende a se manter nessa posição, tendo em vista esse aumento significativo em sua curva de evolução nas últimas semanas”, avalia.

Depois de três semanas no topo, o Pará caiu para a segunda posição entre os Estados com situação mais desfavorável no enfrentamento ao coronavírus. Em terceiro, agora aparece Mato Grosso, que há duas semanas estava em oitavo. Rondônia e Alagoas fecham a lista dos cinco Estados com o pior quadro no combate à doença. Por outro lado, Santa Catarina (27º), Maranhão (26º) e Rio Grande do Sul (25º) seguem com as melhores estatísticas nos indicadores observados pelo ranking.

O CLP usa a mesma metodologia do Ranking de Competitividade dos Estados, que vai para sua nona edição este ano, para sistematizar nove indicadores semanalmente, analisando tanto o nível quanto à tendência da doença nos Estados e no País: a proporção de casos confirmados, a evolução dos casos (em escala logarítmica) e a taxa de mortalidade de Covid-19, conforme números do SUS, assim como os mesmos indicadores para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), fornecidos pela Fiocruz. O Índice de Transparência da covid-19, da Open Knowledge Brasil, e os dados de isolamento social, do Google, completam os indicadores analisados no ranking. Desses, os dados oficiais de coronavírus e de SRAG, sintoma mais grave da doença e tratado como indicio de subnotificação, têm maior peso.

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