Polícia Federal executa mais uma operação em Roraima: corrupção na saúde pública em tempos de coronavírus (Foto: Divulgação)

Como frear a corrupção se a impunidade continua incentivando políticos a seguirem com antigos esquemas? É um questionamento muito oportuno e pertinente neste exato momento em que a Polícia Federal desencadeia mais uma operação em Roraima, especificamente sobre a aplicação de recursos públicos destinados ao combate à pandemia do coronavírus.

A Operação Virion, ora em execução, não surpreendeu necessariamente o roraimense, pois o antro de corrução no âmago da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) já era de conhecimento público desde a saída do primeiro secretário da atual gestão do governador Antonio Denarium (sem partido), que alardeou a esculhambação sistêmica que vinha de governos anteriores.

Se há alguma surpresa é a de que, mesmo havendo denúncia, seguida da instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa de Roraima, os larápios não pararam de agir, especialmente quando a vida da população estava em jogo com a chegada do coronavírus.

Chega a ser surpreendente a sensação de impunidade que reina não apenas em Roraima, mas em outros estados, uma vez que esquemas semelhantes, aproveitando-se do momento de calamidade sanitária, multiplicaram-se país afora.

Nem chega ser  exatamente uma surpresa que os corruptos não respeitem a vida das pessoas, pois a corrupção já matava pacientes no Hospital Geral de Roraima (HGR) e em outros hospitais brasileiros há muito tempo. O HGR já experimentava o caos desde os primeiros governadores eleitos pelo voto direto (a maioria comprada, vale ressaltar).

O que alimenta essa esculhambação geral, que não tem o menor apreço pela vida das pessoas, é a impunidade que segue no país da Lava Jato, especialmente em Roraima onde se tem o ex-senador Romero Jucá (MDB), que segue sem ser importunado desde a década de 1980 até os dias atuais, com sua extensa folha corrida de processos judiciais.

Não há sequer como pedir moralização e ficar teorizando, bradando a toda hora, se o Estado de Roraima proporciona essa aberração para o país. O que resta é lamentar, mais uma vez, e pedir que o eleitor se arrependa do que tem feito e comece a mudar isso. E esperar que a Justiça faça a sua parte. Nada mais resta…

… Ou esperar o que os religiosos sempre dizem: a chegada urgente de Jesus para implodir esse mundo e começar tudo zero de novo.

*Colunista

1 comentário

  1. Vocês têm que divulgar o nome desse vagabundo ex secretário de saúde de Roraima que assaltou os cofres públicos, não esquecendo foi vagabundo -mór Romero Jucá que anda por aí livremente coçando o saco e tem dezenas de processos pra responder.

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