Hospital Geral de Roraima - Foto: Arquivo/Roraima 1

Nove em cada dez roraimenses dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS) para atendimentos de saúde. É o que revelou uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (4) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), referentes a 2019.

Esse número representa mais de 560 mil de pessoas, ou seja, 92,6% da população têm no sistema público de saúde sua única possibilidade para atendimento hospitalar, tratamentos e outros serviços de saúde.

No ano passado, portanto antes da crise causada pela pandemia do coronavírus, apenas 8,3% da população de Roraima, ou 44 mil pessoas, possuíam algum plano de saúde, seja médico ou odontológico. Entre os que possuem apenas planos médicos, a proporção cai para 7,4%.

Não houve mudança significativa nos dados em comparação à última pesquisa sobre o tema, publicada em 2013 pelo IBGE. Os dados colocaram Roraima como o segundo estado com a menor proporção de clientes de planos de saúde, atrás apenas do Maranhão, que tem 5% da população que faz parte de algum plano.

Na população com renda mais baixa, com rendimento mensal de até um quarto de salário mínimo (cerca de R$ 250), somente 1,4% tinham plano de saúde médico. Já na faixa de mais de cinco salários mínimos (mais de R$ 5 mil), 66,1% tinham plano.

“A gente viu que [a proporção de planos de saúde] está diretamente relacionada com o rendimento das pessoas. O plano de saúde é um serviço de luxo, um serviço caro, e, quando a gente tem o SUS para atender, o plano não é a prioridade quando a pessoa tem de fazer escolhas”, diz a pesquisadora do IBGE Maria Lucia França Pontes Vieira, que é coordenadora de trabalho e regimento da pesquisa.

O IBGE também verificou que quanto mais elevado o grau de instrução, maior também a cobertura de plano de saúde, variando de 4,9% (sem instrução ou com ensino fundamental incompleto) a 27,3% (nível superior completo)”.

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