Foto: reprodução

No mês de incentivo a doação de órgãos, a Sesau (Secretaria de Saúde) ressalta o papel da família nesse ato nobre que pode salvar vidas. Apesar de ainda não realizar transplantes, o Estado de Roraima, desde 2018, atua na captação de órgãos que são recebidos por pacientes em outras unidades federativas.

O trabalho, realizado pela CET (Central Estadual de Transplantes), já foi responsável pela captação de 15 órgãos e tecidos (córneas, rins e fígado).

O coordenador da CET, Dr. Douglas Teixeira, explica que mesmo com a adesão ao cadastro e a oficialização por meio da carteirinha de doador, a decisão da família quanto à doação permanece soberana, visto que estes documentos não possuem validade legal.

“Mesmo diante dos desafios geográficos e técnicos de Roraima, o maior desafio enfrentado na captação de órgãos em Roraima é a negativa familiar, pois o nosso índice de negativa das famílias de doadores em potencial ainda é acima de média nacional. Esse é um assunto muito pouco abordado pelas famílias e por isso é importante fortalecer o diálogo e manifestar o interesse em doar, no momento oportuno”, disse o coordenador.

No Brasil, a doação de órgãos só é realizada mediante autorização familiar, de acordo com legislação brasileira, sendo esta a única maneira legal de garantir efetivamente que a vontade do doador seja feita.

O Coordenador ressalta que qualquer pessoa pode ser doadora de órgãos, desde que não tenha nenhuma doença infectocontagiosa ou que comprometa o funcionamento de algum órgão, como hepatite ou câncer.

No caso dos rins, é possível uma doação em vida de um dos dois órgãos do doador. No caso das córneas, é possível a doação até seis horas após a morte por parada cardíaca.

Ele explica que para a doação de outros órgãos, é necessário que o doador tenha sido diagnosticado por morte encefálica. Geralmente a morte encefálica acontece em casos de acidentes ou AVC.

“Não há limite de idade para a doação dos órgãos, desde que o quadro clínico da pessoa seja bom e compatível com o receptor, o que quer dizer mesmo tipo sanguíneo, peso e tamanho dos órgãos semelhantes e compatibilidade genéticas que evitem a rejeição”, finalizou.

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