Zé Cathedral elegeu a dança como sua plataforma política nestas eleições (Foto: Divulgação)

Dançar é bom para o corpo e para a mente. Mas, na política, dançar é um verbo que tem outras conotações. E o povo entende muito bem dessa dança, principalmente quando se trata de políticos que costumam sambar na cara da população.

O candidato a vice no grupo do escândalo da cueca, Zé Cathedral (PSD), que esnobava dizendo que tinha ensinado como fazer política em Roraima, entrou na dança como seu principal marketing na campanha eleitoral. Nada de importante ou espetacular, não fosse sua arrogância de esnobar a todos. Só por isso merece esse comentário. Inclusive, a dança é bom para ele pra sentir o cheiro do povo.

Zé Cathedral pode dançar à vontade, mas terá que aprender  realmente a dança do povo, não essa que ele entrou espontaneamente nos seus arrastões, já que não tem nada a perder nem a oferecer. Como não tem mesmo uma proposta séria, depois de achar que iria abafar formando uma quad…, quer dizer, um grupo forte para tentar se apossar da Prefeitura de Boa Vista.

Quando fez um balão de ensaio para testar sua popularidade a fim de lançar a candidatura, Zé dizia que era sério, honesto, bom administrador e blá-blá-blá. Mas aceitou ser vice na chapa comandada por um grupo que achava que iria dominar tudo. E escolheram a deputada Shéridan Oliveira (PSDB) para ser a ponta de lança, uma candidata que está longe de ser aquilo o que Zé pregava ser.

O escândalo da cueca protagonizado por um dos cabeças do núcleo que comanda Shéridan foi tão somente o mais sério de todos que continuam ocultos. Se o senador Chico Rodrigues (DEM) não tivesse “protegido seu dinheiro” enfiando no… na cueca… tudo estaria no mais absoluto obscurantismo.

É nesta combuca que Zé meteu sua mão. O que dizia ser íntegro se juntou aos seus, não por  ironia do destino, mas porque a política é assim, os iguais se atraindo. E restou a ele somente chamar o povo pra dança. Porque de proposta séria mesmo nada restou. Sua dança é bem legalzinha, bonitinha. O povo entra nessa dança se quiser, já que está acostumado a dançar faz muito tempo.

É o fim lamentável de uma carreira política para quem se vangloriava. Perdemos um político jovem. Mas ganhamos um bom dançarino.

*Colunista

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