Reunião foi realizada de forma virtual entre governadores nesta terça-feira (8) - Foto: Neto Figueiredo

Em videoconferência com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e demais governadores, na manhã desta terça-feira, dia 8, o governador de Roraima, Antonio Denarium afirmou que solicitou 600 mil doses da vacina junto à Pasta federal para imunizar a população roraimense em uma primeira etapa da campanha.

Em uma reunião tensa, Pazuello prometeu começar a vacinação no Brasil no fim de fevereiro. A reação dos governadores foi imediata e eles cobraram agilidade na liberação das vacinas.

O governo destinou R$ 1,9 bilhão para o Ministério da Saúde viabilizar a produção e/ou a aquisição de 100 milhões de doses da chamada vacina de Oxford. De acordo com Pazuello, a vacina de Oxford está na etapa de conclusão da fase 3 dos testes. Em seguida, o processo deve ser submetido à Anvisa, que avaliará se pode conceder o registro. Segundo o ministro, esses documentos devem ser enviados à agência até o fim deste mês.

“AstraZeneca, em que fase está? Previsão de submeter à Anvisa (em dezembro). Previsão de registro? Previsão de início no final de fevereiro. Então, se Deus quiser, com tudo pronto, nós iniciaremos a vacinação da AstraZeneca”, disse.

Durante a videoconferência, o governador Antonio Denarium afirmou que o Governo de Roraima está em consonância com o Plano de Vacinação do Ministério da Saúde. “Estamos alinhados com o planejamento do governo Bolsonaro. Já solicitamos o maior número possível de doses de vacina, devido estarmos localizados no extremo Norte do Brasil e em área de fronteira, termos um grande fluxo imigratório e uma das maiores populações indígenas do Brasil”, explicou

O secretário de Saúde, Marcelo Lopes, afirmou que as 600 mil doses são suficientes para imunizar toda a população. “Pelo cronograma do nosso plano estratégico, começamos nesta semana a discussão com prefeitos e secretários municipais de Saúde como será feita a distribuição e logística para a vacinação no menor espaço de tempo possível para que a gente se torne livre dessa doença o quanto antes”, pontuou.

Em esboço de plano nacional de imunização, divulgado na última semana, o Ministério da Saúde previa começar a vacinar a população em março. Idosos com 75 anos ou mais, profissionais de saúde e indígenas serão os primeiros a receber as doses, estima a pasta.

Pazuello repetiu que o Sistema Único de Saúde (SUS) tem acordos para receber 300 milhões de doses em 2021, sendo 260 milhões de Oxford/AstraZeneca e mais cerca de 40 milhões obtidas por meio do consórcio Covax Facility. As vacinas devem ser aplicadas em duas doses. A conta ignora possíveis compras da vacina da Pfizer ou da Coronavac, que está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantã e a farmacêutica chinesa Sinovac.

Pazuello disse na reunião, porém, que foi feito um memorando de entendimento não vinculante com o Butantã e com a Pfizer. Segundo ele, a compra dessas vacinas ainda depende do registro dos produtos na Anvisa.

O ministro disse acreditar que o registro definitivo da vacina da AstraZeneca deve ser concedido no fim de fevereiro pela Anvisa e que durante o primeiro semestre de 2021 serão distribuídas aos estados brasileiros 100 milhões de doses da vacina. Já para o segundo semestre do ano, a estimativa é que ocorra a distribuição de 160 milhões de doses do mesmo imunizante nas Unidades Federativas.

Na segunda-feira (7), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) anunciou que começará a vacinar a população de São Paulo no dia 25 de janeiro. O cronograma foi apresentado mesmo antes de os estudos finais sobre a Coronavac terem sido apresentados, etapa fundamental para o imunizante seja autorizado no País. Essa vacina é desenvolvida pelo Instituto Butantã em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.

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