Operação foi deflagrada nesta quarta-feira (16) - Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (16) uma operação para desarticular uma quadrilha formada por servidores da Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania de Roraima (Sejuc), que, por meio de vantagens, facilitavam a entrada de celulares e drogas, permitiam visitas não autorizadas e permitiam a transferência de internos para outras unidades prisionais, onde as condições de cumprimento de pena são mais favoráveis.

“Também serão cumpridos mandados de busca na Corregedoria da Sejuc, plantão de custódia de presos do HGR e em unidades de grande conglomerado empresarial de Roraima, cujos controladores, condenados por múltiplos crimes sexuais contra vulneráveis, beneficiaram-se dos diversos ilícitos praticados pelos investigados”, informou a corporação em nota

De acordo com a PF, a Operação Alésia é um desdobramento de outra operação da Polícia Federal, para desarticular facção criminosa que atua no estado e cujos integrantes tinham pleno domínio da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc). Mais de 200 policiais federais de todo país foram mobilizados para dar cumprimento a 29 mandados de prisão preventiva e 50 mandados de busca e apreensão.

Ainda segundo a corporação, contatos telefônicos interceptados indicaram contato da administração da unidade com integrantes da facção. As buscas iniciais mostraram que por policiais penais lotados na Pamc, eram responsáveis pelo esquema.

Os policiais identificaram ainda que o esquema era feito nos demais regimes de cumprimento de pena, semiaberto e aberto, e outras unidades ingressaram no escopo investigativo: Cadeia Pública de Boa Vista (CPBV), Centro de Progressão Penitenciária (CPP) e a Central de Monitoração Eletrônica de Pessoas.

NOTA

Em nota, a Sejuc informou que não compactua com desvios de conduta de seus agentes e vai colaborar de forma integral com as apurações. Informou ainda que assim que assumiu o governo ainda na intervenção, colocou o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) dentro dos presídios de Roraima que antes eram comandados pelo crime organizado e que essa operação é resultado desse trabalho feito de forma conjunta em busca de recobrar o controle do sistema prisional de Roraima, além de desarticular as atividades das principais facções que atuam no Estado.

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