Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz na Amazônia, em parceria com outras instituições, traçou um diagnóstico sobre os efeitos da covid-19 entre jovens indígenas e evidenciou a importância de fortalecer a assistência à saúde mental desse grupo.

O levantamento foi realizado entre os meses de dezembro de 2020 e janeiro de 2021, em cinco estados: Amazonas, Acre, Pará, Roraima e Amapá.

Ao todo, 533 indígenas com idades entre 15 e 22 anos participaram da pesquisa, financiada pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional. Com 48 perguntas, o questionário abordou temas que incluíram socio-demografia, saúde mental, discriminação, violência, hábitos e costumes, além dos impactos do novo coronavírus nas aldeias.

A coordenadora-geral do projeto pela Fiocruz Amazônia, Michele Rocha, disse que a partir dos dados coletados, foi possível compreender melhor a situação desses povos no contexto da pandemia.

Do total entrevistado, 37% informaram que foram infectados pela doença e 68% disseram que alguém da família contraiu a covid-19.

A coordenadora geral do projeto ressaltou, ainda, a necessidade de se desenvolver ações e políticas públicas para fortalecer os cuidados com a saúde mental dos indígenas.

Para fazer com que o questionário chegasse às aldeias, o projeto contou com uma rede de apoiadores locais e a plataforma do Google, de modo a abranger as oito áreas da Amazônia brasileira.

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