Senador Chico Rodrigues (União) Foto: ascom parlamentar

O senador Chico Rodrigues (DEM-RR), pego com R$33,1 mil na cueca em operação da Polícia Federal, reassumiu o mandato nesta quinta-feira (18). Seu nome, que constava no sistema do Senado como senador fora de exercício, agora está no rol dos parlamentares em exercício.

Ele havia solicitado afastamento por 121 dias, prazo que se encerrou nesta quinta. Em carta enviada ao Senado para comunicar o retorno às atividades, Chico afirmou que a ação deixou traumas e que irá carregar para sempre “dessa excruciante provocação”.

“Nenhuma pessoa idônea que não possua mentalidade, vocação ou prática criminosa está preparada para situação como a que vivi. Confesso que, num dado momento, em meio ao transtorno, fiquei mesmo em dúvida se tratava de uma operação policial ou de uma ação de uma quadrilha especializada. Estava dominado pelo pânico e pelo medo”, afirmou o senador.

Chico retornou à Casa após o Supremo Tribunal Federal (STF) permitir que o senador retomasse o mandato, mas sem fazer parte da comissão do Senado sobre a Covid-19. O parlamentar estava afastado desde 15 de outubro do ano passado por determinação do ministro Luis Roberto Barroso.

“Posso ser criticado por diversos motivos, mas o que é fundamental, do ponto de vista do interesse público e da sociedade, é que não cometi nenhum ato ilícito, nenhuma ação desabonadora, nenhuma prática ilegal. É isso que me fez e que me faz sentir tranquilidade no fundo de minha alma, apesar de toda a humilhação pública que enfrentei”, complementou o parlamentar.

OPERAÇÃO DESVID-19

No dia 14 de outubro, a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União deflagrou uma operação que investiga desvios de recursos direcionados para o combate ao coronavírus. Um dos alvos da operação era Chico Rodrigues. Os mandados foram ordenados pelo Supremo Tribunal Federal. A CGU estimou que os desvios chegaram a R$ 20 milhões.

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