Foto: Marcelo Casal Jr./Agência Brasil

Roraima recebeu do Ministério da Saúde mais medicamentos do chamado “kit covid” do que remédios que compõem o kit intubação, necessário para alguns pacientes internados com quadros graves de covid-19. Se comparado apenas o diosfato de cloroquina, um dos medicamentos do “kit covid”, o número de comprimidos recebidos pelo estado é quase o triplo de ampolas de medicamentos para pacientes em estado grave – 420,5 mil comprimidos contra 140,8 mil ampolas.

Os itens do kit intubação estão em falta em Roraima pelo menos desde julho do ano passado, de acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Os medicamentos, como intubação são compostos por sedativos, neurobloqueadores musculares e analgésicos opioides, são importantes para manter os pacientes sedados e estáveis durante a internação na Unidade de Terapia Intensiva.

No entanto, o “kit covid”, formado por, hidroxicloroquina, difosfato de cloroquina e fosfato de oseltamivir (o tamiflu), ainda não é considerado eficaz para o tratamento da doença. O estado recebeu os dois últimos medicamentos da lista. Somados, Roraima ficou com 689,7 mil comprimidos de cloroquina e oseltamivir. Esses medicamentos também são utilizados para o tratamento da malária, doença com alta incidência no estado, e para a gripe, respectivamente.

De acordo com o Ministério da Saúde, os medicamentos são enviados para os Estados e municípios mediante solicitação. A pasta diz que cabe a prefeitos e governadores comprar os remédios do kit intubação. A partir desta sexta-feira (16), o estado deve receber Fentanila (37,5 mil medicamentos), Propofol (1,2 mil medicamentos), Midazolam (8,3 mil medicamentos) e Cisatracúrio (30 mil medicamentos) da Pasta federal.

A reportagem questionou a Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) sobre o uso dos medicamentos e solicitações feitas ao Ministério da Saúde e aguarda o retorno.

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