Presidente Bolsonaro (PL) e senador Mecias de Jesus (Republicanos). Foto: ascom parlamentar.

O Republicanos levou o nome do senador Mecias de Jesus  para a mesa de negociação junto ao presidente da República. Líderes da legenda reclamam da falta de espaço no governo Bolsonaro (PL), com a saída do ministro João Roma do partido por articulação do presidente. Mecias é a indicação do partido para substituir Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação.

Mecias afirmou ao jornal O Globo no começo deste mês que não considera haver risco de rompimento total, mas ressalta que há uma “insatisfação grande” porque o governo não dialoga com a legenda. Com isso, ele acredita que a tendência no momento é o Republicanos optar pela neutralidade na disputa à presidência, como querem muitos de seus correligionários. A opinião deve mudar, caso Bolsonaro aceite a indicação do partido.

“Se tivéssemos que decidir hoje, talvez a decisão seria pela neutralidade, em função da falta de diálogo (com o governo). Talvez a maioria opinaria pela neutralidade. Isso se fosse hoje, mas daqui até as convenções tem um período grande”, declarou o senador.

Novo Ministro

Está sobre a mesa do presidente Jair Bolsonaro uma lista de nomes ligados ao PP, de Ciro Nogueira (Casa Civil); ao PL, de Valdemar Costa Neto; ao Republicanos, ligado à Igreja Universal; e à bancada evangélica.

Por enquanto, a pasta será tocada pelo secretário-executivo, Victor Godoy, que já teve a nomeação como interino publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (30). Servidor da Controladoria-Geral da União, ele é rejeitado pelas legendas.

O PP faz pressão para que o presidente do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), Marcelo Ponte, seja promovido. Ponte foi chefe de gabinete de Ciro Nogueira.

O PL indicou Garigham Amarante Pinto, que é diretor de Ações Educacionais do mesmo FNDE. Valdemar defende que, sendo um indicado pelo partido do presidente, Bolsonaro terá mais controle sobre a pasta e suas políticas.

Por fora, corre o procurador regional da República Guilherme Schelb. Ele tem o apoio da bancada evangélica. Schelb é um dos defensores das ideias do movimento Escola sem Partido. Foi cotado para ocupar o Ministério da Educação em 2018, antes da posse de Bolsonaro. É apoiado por Silas Malafaia e outros evangélicos.

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