Embora tenha se recusado a se submeter ao teste do bafômetro e afirmado na delegacia que estava sob efeito de remédios, policiais atestaram sintomas de embriaguez e encontraram uma comanda de consumo de bebidas durante revista pessoal em César Carvalho Ormundo, de 30 anos, responsável pela morte de João Carlos Duarte Marques, 11.
No recibo, há o registro de consumo de 12 cervejas e o provável tempo em que ele permaneceu no bar, das 14h às 18h do dia do acidente, ocorrido na noite de sábado (15). O caso gerou grande comoção e, neste domingo (16), moradores protestaram na mesma avenida em que o garoto foi morto.
Duas pessoas que faziam atividade física nas proximidades ouviram o barulho da batida dos veículos e foram ao local socorrer as vítimas. Foram elas que chamaram a polícia e detiveram o motorista, que tentou fugir do local.
Ao ser preso pelos policiais, foi necessário algemar César Ormundo, pois ele estava alterado, conforme relatou a PM. A criança morreu na hora e as outras pessoas que estavam no veículo foram levadas pelo Resgate do Corpo de Bombeiros e Samu para o pronto-socorro com ferimentos leves.
Na delegacia, Ormundo preferiu ficar calado, afirmando que só iria se manifestar em juízo. Ele estava acompanhado do advogado. Mas, ao ser questionado se havia consumido bebida alcoólica, ele alegou ter tomado um remédio, sem especificar de qual tipo.
O Roraima 1 apurou ainda que César Ormundo já teve problemas com a Justiça. Ele respondeu criminalmente por processos de violência doméstica contra uma ex-namorada, que o acionou judicialmente.
O servidor público está preso preventivamente na Cadeia Pública de Boa Vista, embora a Justiça tenho pedido à Vara de Execução Penal (VEP) que analise a possibilidade dele ser transferido para o Comando da Polícia Militar.
A reportagem tentou contato com a defesa de César Ormundo, mas as ligações não foram atendidas.
