Foto: divulgação

Depois de recorrer da decisão da Justiça, o presidente Jair Bolsonaro (PL), assinou nesta terça-feira (3) em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, o termo repasse de R$ 90 milhões de indenização aos povos Waimiri-Atroari, para poder iniciar a construção do Linhão de Tucuruí, que irá ligar Roraima ao Sistema Elétrico Nacional. Do total de R$ 133 milhões, o Governo Federal repassará R$ 90 milhões e o consórcio de empresas que vai executar a obra, R$ 43 milhões.

Para os indígenas, o valor definido pela Justiça Federal é a compensação pelos prejuízos irreversíveis que o empreendimento irá causar a seu território e seus modos de vida e cultura. Esta não é a primeira promessa de anúncio de construção do linhão. Em setembro do ano passado, quando esteve em Roraima, o presidente já havia anunciado o início das obras, o que não aconteceu.

Um estudo de impacto do empreendimento já havia sido entregue pela Funai em janeiro, analisando os 721 quilômetros de linhão entre Amazonas e Roraima – desses, 123 quilômetros estão dentro da reserva Waimiri Atroari.

A obra foi orçada em mais de R$ 1,5 bilhão, e quando for entregue, integrará Roraima ao resto do país pelo Sistema Interligado Nacional (SIN), do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Participaram da audiência o ministro chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, ministro da Secretaria de Governo, Célio Farias, presidente da Fundação Nacional do Índio, Marcelo Augusto Xavier, além de políticos e correligonários. A previsão é que o Linhão de Tucuruí garanta a Roraima o fornecimento de 500 KV de energia.

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